quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



Outro dia diferente

Sinto-me por vezes demasiado atraído por uma realidade diferente,
Distante da actual,
Algo simples, que apenas seja normal,
Questiono-me se é possível perceber,
Quando o aceitar me parece impossível de se fazer,
O que se passa em meu redor,
Quando me sinto confrontado com tudo, ou algo pior,
Com nada,
Toda a indiferença de quem passa,
De quem já não sente a desgraça, de quem já não quer saber,
Contrario a minha realidade para não me esquecer quem sou,
Continuo acreditar num sonho demasiado belo,
Puro, singelo…

LmcF

1 comentários:

Nina Owls disse...

Da indiferença à diferença - a mudança esperada por todos! Haja pachorra!
O comentário possível, uma rasura para fugir ao panorama político asqueroso que vivemos:

Como quem pode, como quem fode!

A frente polar atravessou-se no caminho
e nem o gelo nos tornou mais frios,
mais desumanos, mais surdos e mudos
quando olhamos imagens de guerra distante,
inutil, grosseira, primata, insensata,
entre credos e politicas, entre arrogância e poder,
entre autómatos e reles homens que se esqueceram
da sua condição de viver e, no avesso matam,
sedentos; inocentes e apáticos, e fazem-no
como quem fode
como quem pode,
Na usurpação, na leviandade, na inércia,
no sangue alheio, no colectivo, no eu-entalado
acoitam-se e calam-se direitos distorcidos,
com o apelo a Deus e ao Diabo
confundem-se democracias com ditaduras mascaradas
regicidios e totalitarismos, metralham-se religiões
e teocracias, e então, Deus Procurado
encontra-se em parte incerta, naquele cenário
de hostilidades, gritando a sua desresponsabilização,
perante os livres arbítrios concedidos
As opções são sempre as mesmas: inutilizar o outro,
que de moles, pobres e crentes se limpe o planeta.
De fracos não reza a história, filhos.
Os reizinhos do nada querem governar,
e fazem-no
como quem fode,
como quem pode.

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