quinta-feira, 31 de maio de 2012


Quando…

Será que existe vitória no amor,
Será que para quem desiste, existe derrota,
Como tudo o que vive, vibra, respira,
Terá o amor que nascer e morrer,
Como posso eu saber?
Ou tudo depende apenas da nossa vontade,
Do nosso querer,
Como e quando surge o amor,
O seu cheiro, o seu sabor,
A sua magnífica cor,
Como posso reconhecer,
Distinguir o que por esse nome se chama,
Como aceitar que o amor é apenas e só,
Uma verdade original, descomunal,
Quando profundamente se sente… que se ama…

LmcF

segunda-feira, 28 de maio de 2012


Apenas a brincar…

Não me roubes, engana-me sempre é mais doce,
Junta-te a mim neste meu mundo repleto de nada,
Sem som,
Sem sabor, sem cor,
Apenas eu o autor, e também só eu como actor,
Em que tudo existe,
Responde-me se finalmente conseguiste,
Atraente esta realidade a mais perfeita ilusão dos que se dizem sensatos,
Repleta de acções evitadas, de movimentos pensados mas nunca executados,
Letargia ou apatia como queiras,
Comodismo e um amor eterno desejado,
Indolência, toda esta impaciência viciante,
Um discurso marcante que tenta determinar a diferença,
Diálogos surdos e rituais,
Dor, tabus e preconceitos,
Virtudes e defeitos permanentes,
Infidelidade,
Felicidade imprevista e desperdiçada,
Tudo isso habita a minha mente só pela tua igualada,
Talvez até superada…

LmcF

sábado, 26 de maio de 2012


terça-feira, 22 de maio de 2012


Por vezes…

Intenso,
Directo ou disfarçado,
Por vezes atrevido ou envergonhado,
Aquele olhar que tudo diz, que fala,
Que transmite toda a vontade,
Que absorve minuciosamente todos os detalhes,
Importantes, insignificantes,
Ama o que vê,
Alimenta com ternura a saudade…
Exprime em segundos os desejos mais profundos,
Num misto de alívio e ansiedade,
Pergunta e responde,
Sente,
Consente que a verdade se saiba,
Partilha o que o coração lhe transmite,
Sem limite aquele olhar apaixonado,
Por vezes vê o que não existe em nenhum lado…

LmcF

sábado, 19 de maio de 2012


Quando acontecer…

Imprevisível,
Hoje, amanhã, talvez depois,
Quero continuar acreditar que vou ver acontecer o impossível,
Afinal um e um são dois,
Ou eram, agora que as carroças já andam sem bois…
Ouço palavras vazias de coragem,
Vontade minha em alcançar o que me parece uma miragem,
Nesta deliciosa viagem por vezes sem sabor,
Compreendo a dor,
Jornada difícil para quem vive triste, com rancor…
Destino incerto nestes dias conturbados,
Rostos sem esperança, perdidos, perturbados,
Incrédulos, injustamente despojados da sua herança,
Roubados,
Incertezas camufladas em ambos os lados que apregoam saber o caminho,
Salvem-se os credos desta gente humilde deambulando sem destino,
Estou como todos sozinho, num lamento comum mas dito baixinho,
O meu coração bate forte perante a hipótese de tal acontecer,
Quero estar junto dos que se unirem para lutar,
Mudar e vencer,
Acredito como eles que já não há nada a perder…

LmcF

quarta-feira, 16 de maio de 2012


Tento respirar…

Pessoas perdidas,
Esquecidas,
Que procuram desesperadamente apenas existir,
Não interrompem o vazio da rotina,
Teimam assim em prosseguir,
Continuar sem parar, sem olhar, sem falar,
Já não se lembram como é amar,
Quem passa ao lado, quem estende a mão,
Quem sem motivo aparente diz ser seu irmão…
Luto para não me deixar envolver,
Estou cansado de ver sofrer,
Agarro-me ao que penso e sei me faz viver,
A beleza,
A própria incerteza em não saber para onde vou,
A relação que tenho com o que me rodeia,
O assumir quem sou,
A minha mente serena, os meus pensamentos,
Emoções, sentimentos,
Aqueles insignificantes momentos que me trazem a felicidade,
Como dizer que te amo,
Dizer sem medo a verdade…

LmcF