domingo, 5 de agosto de 2012


Não deve ser consumido

Por vezes sinto-me cego, surdo, mudo,
Mas vivo,
Absorvo então a sabedoria que se encontra ao meu dispor,
Consumo o mais que posso, delicio-me com o seu sabor,
Tão único, original, que me faz de novo sentir um “dito normal”,
Solto então um grito poderoso,
Audível apenas pela minha alma dissidente,
Também sou e sinto-me revolucionário, rebelde, descontente,
Melhoro a cada dia que passa mas continuo a não me sentir gente,
Antes apenas um animal por vezes racional,
Necessito de vez em quando de um isolamento pleno,
Total,
Que me mantenha longe de tudo, anti-social,
Só assim consigo dar ou simplesmente ignorar,
O que se mostra e fica ou simplesmente desaparece,
Coisas más, boas,
Pessoas,
Volto sempre diferente, mais velho, mais maduro,
Encaro revigorado tudo de novo apesar do escuro,
Volto mais livre, mais seguro,
E talvez quem sabe um pouco mais verdadeiro,
Para meu bem volto mais puro também,
Consigo assim de novo respirar e ir um pouco mais além…

LmcF

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